domingo, 29 de novembro de 2009

Escolha Mortal



Do alto do precipício vê-se remotamente o rio passando ao pé da montanha que é repleta por imensas arvores. No topo, um chalé no qual Marianne freqüenta desde criança. Um dia nublado, alguns lugares chovem e outros esperam pela chuva. Ouve-se ao longe o som de alguns pássaros que insistiam em cantar, mesmo com tanta água.


A chuva caia há dois metros de Marianne, ela tenta, contudo alcançá-la torna-se um ato impossível, mais dois passos dados e ela jogaria-se ao encontro do rio. Ali, parada na ponta do desfiladeiro apenas o que pode fazer é almejar para que a chuva venha até si, molhando seu corpo, lavando sua alma, acalmando seus tormentos.


De tanto desejar, lentamente a chuva se aproxima, enquanto espera observa toda a paisagem sob seus pés. A queda nunca lhe fora tão tentadora, não pela morte, mas pela liberdade. Uma musica surgia ao fundo dizendo: ‘’Nós sabemos quando voamos? Quando nós vamos? Nós morremos?’’ e a tentação aumenta a cada instante que se passa.


Algumas gotas de água que chegam a Marianne é o mais próximo do alívio que chega. Uma ultima vez olha do alto e analisa a situação. Neste momento ela se desfaz em lágrimas por não ter coragem de dar dois passos para a sua satisfatória chuva, a sua tão desejada liberdade e infeliz conseqüência da morte. Ela decide viver uma vida de perguntas indesejadas e frustrações, mas ela decide viver.

3 comentários:

  1. Por sorte, ela decide viver. Mas tantas (os) outros já desistiram, e se desfizeram das interrogações que nos atormentam como, "o que há depois daqui?" - rsrsrs - Mas eu prefiro ficar sem respostas, também! E como a Marianne ... to decidindo viver ... e to vivendo! ;D Há!!! Viiiiu, ainda bem que colocou a Marianne nessa, porque a Ane ... já era! XD

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  2. não fala assim da Anne Fraaan. Ela linda, inteligente e auto-suficiente. Ela só teve uma recaida. E tbm, é por causa dela que esse post foi feito ;D

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