sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Memoriale - Momento do Poeta

Mil coisas acontecendo,
palavras correndo como uma rodovia...
cada balanço, cada movimento,
jogar tudo no branco papel é prazeroso
jogar palavras espalhadas é arte
é vida.

Procuro o encaixe das engrenagens;
o tique-taquear do relógio;
o orvalho na grama verde;
as pessoas que vão,
as pessoas que vêm,
as pessoas que ficam, permanecem.

Mentalmente, um livro de páginas brancas eu escrevo,
descrevo, reescrevo, rabisco, rasgo,
pilhas de papel transbordando do cesto de lixo.
Lixo?

Ah, uma idéia nova!
Um mero clichê, faz parte.
Não, está errado,
Risco isso, aquilo, não essa não encaixa aqui.
Isso não rima com clima.
Aquele verso ficou maior que esse,
o outro, menor que aquele.

Ri,
Chorei,
Espantei, assustei.
Acreditei,
Sonhei, com tal momento;
sonhei com o momento do poeta.
Sonhei de mais.

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