sábado, 7 de maio de 2011

Sem Título #1

Calmamente, ele pressiona a ponta de sua caneta sobre o papel, pára, se entrega por uns instantes. Enquanto o mundo continua ele se congela, naquele momentm preso à sua criatividade hiperativa.

Se lhe fosse permitido, tornaria suas criações reais; seus versos em momentos; e viver tais maravihlosas aventuras por ele criado.

A luz era fraca em seu quarto e a pouca luminosidade lhe envolvia em um clima hipnótico, enquanto as palavras fluiam do movimento de sua mão, para a ponta da caneta, que gentilmente tocava o papel outrora branco.

Hoje, seus pensamentos o levara à terras longícuas, onde homens lutavam por ideais e sonhos com o brandir de suas espadas, enquanto as suasmulheres rezavama cadapartir de seus amores. Ali, também viviam as Selvagens, mulheres renegadas, banidas, que ganhavam a vida com sua arte de sedução e viviam esguiando-se por entre grandes bosques. Não o suficiente, os Arqueágos, nobres sábios que, com os conhecimentos da teologia antiga disparavam flechas com seus arcos de luz.

Assim, ele criava seu mundo, com suas cidades, vilas e reinos. Ele, como narrador, descreveria em seus versos o seu heroísmo e como sua aventura de zero à herói o faria cruzar o mundo; das altas montanhas frias de Virton até os calabouços escuros de Onipst...

terça-feira, 15 de março de 2011

Terceiro ponto de vista

Tudo estava confuso naquela noite...aquele cara no meu pé, me beijando e me agarrando, não me dando ar nem espaço, e eu querendo dançar...Ele não me deixava em paz, nem mesmo com minhas grosserias à parte. Então vi você passar...parecia o garoto mais bonito dali...parecia ter me conquistado só por simplesmente caminhar de um lado pro outro na pista de dança...

Mas droga! Você não me via...talvez não quisesse me ver...talvez eu não fosse quem você procurava...não sei, não conseguia parar de olhar pra você...Enquanto você se arrumava no espelho eu fitava timidamente seu rosto, bem ao seu lado; mas ainda assim, parecia me ignorar...talvez você estivesse acompanhado...talvez estivesse longe de querer beijar alguém naquela noite...Quando pensei em lhe cumprimentar, aquele cara volta a me atazanar...poxa é muito pedir um pouco de espaço?

Eu só queria um beijo seu, só queria beijá-lo...você parecia o prêmio que eu queria aquela noite. Minha amiga então decide ir até você...foi a primeira vez que fazia isso, acho...fiquei timidamente observando tudo, e então ela volta com você...me lembro perfeitamente, me lembro exatamente você estendendo sua mão para me cumprimentar, e eu o agarro e lhe beijo...Seus lábios se encontraram com os meus e nos beijamos ao som de "Hold it Against Me". Foi uma sensação ótima tê-lo em meus braços, ver de perto seu rosto, seu sorriso...eu apenas o beijava e o abraçava...

"Acho legal se conhecer, sabia?" foi o que você me disse. Com um sorriso no rosto, eu o convido para o fumódromo...com um olhar tímido, dialogamos:
"Eu não fumo" você dizia.
"E quem vai lá pra fumar?" disse sorrindo.

Finalmente longe do barulho e de todos, eu o abraço novamente, sinto-me bem beijando sua pequena e delicada boca. Enquanto conversamos, arrumo seu cabelo e faço carinho em você, que apenas me olha...o que será que você procura? O que será que você quer encontrar me olhando tão profundamente...?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Abandono


Se a dor tivesse voz, ela estaria gritando nesse exato momento com Anne:

- Como você é burra. Ha ha ha. Gozo de sua ignorância.

Anne está em estado de delírio, e berra o máximo que pode:

- Vá embora dor e leve junto a ti o vazio, que me persegue há onde quer que eu vá.

Dois dias e um amor perdido. Anne chora desesperadamente repassando o momento do término, em busca pela falha fatal. A inocente quer pedir desculpas, mas não há o que perdoar, ela não é a errada.
As lágrimas escorrem lentamente contornando a face. Seu coração está destruído, sua mente corrompida, e a felicidade inatingível.

- Pra onde vou??? O que faço agora?? Onde está o meu lar? - Anne grita com sua dor.

Sedenta pelas respostas, mas também angustiada por não alcança-las, ela procura seu grande amigo Johnnie, Johnnie Walker. Amanhã, quando parar de vomitar, Anne volta à procura pelas respostas.


Dedicatória especial a quem já foi um dia meu grande amor.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Memoriale - Legítima Paixão

Em você eu me perdi, me encontrei, me completei.
Foi no seu olhar que eu encontrei as portas do seu coração,
E sem medo eu entrei.
E eu me apaixnei.

Querer, desejar, implorar simplesmente pra te ver...
É fácil fixar meus olhos em você...
mas, sei lá eu viajo sem sair do lugar...só de te olhar
apenas te olhando...eu sei que me completa
É que eu me apaixonei.

E eu fico tentando imaginar o que tanto você pensa e olha,
se é pra mim, se sou eu que você tem na cabeça...
não importa,
é que eu me apaixonei.

E essa legítima paixão é real,
ela existe em mim...
ela existe em você...

E da minha fragilidade,
encontro a força em você
encontro a minha vida em você...
me encontro em você..
é só porque eu me apaixonei...
por você...e mais ninguém.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Memoriale - Momento do Poeta

Mil coisas acontecendo,
palavras correndo como uma rodovia...
cada balanço, cada movimento,
jogar tudo no branco papel é prazeroso
jogar palavras espalhadas é arte
é vida.

Procuro o encaixe das engrenagens;
o tique-taquear do relógio;
o orvalho na grama verde;
as pessoas que vão,
as pessoas que vêm,
as pessoas que ficam, permanecem.

Mentalmente, um livro de páginas brancas eu escrevo,
descrevo, reescrevo, rabisco, rasgo,
pilhas de papel transbordando do cesto de lixo.
Lixo?

Ah, uma idéia nova!
Um mero clichê, faz parte.
Não, está errado,
Risco isso, aquilo, não essa não encaixa aqui.
Isso não rima com clima.
Aquele verso ficou maior que esse,
o outro, menor que aquele.

Ri,
Chorei,
Espantei, assustei.
Acreditei,
Sonhei, com tal momento;
sonhei com o momento do poeta.
Sonhei de mais.